segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ives Gandra da Silva Martins - Jurista defende educação a distância para melhorar cursos de Direito

O jurista Ives Gandra da Silva Martins, professor emérito da Universidade Mackenzie, de São Paulo, afirmou nesta terça-feira que não adianta cortar vagas em cursos de Direito mal avaliados, como defende a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para melhorar o ensino superior. Segundo Martins, a melhor forma de garantir a qualificação dos bacharéis é investir em cursos a distância.

“Para reverter os baixos índices de aprovação no Exame de Ordem é preciso incentivar os cursos a distância. A demanda pelo Direito não vai reduzir, então não adianta só cortar as vagas, é importante garantir a qualidade”, disse em entrevista ao Terra. O jurista defende que um dos problemas é oferecer o ensino longe dos grandes centros urbanos, já que os professores altamente qualificados dificilmente estão nesses locais.

“Se eu tenho uma faculdade distante dos grandes centros, é obvio que eu tenho mais dificuldade de ter professores capacitados”. De acordo com ele, dispor de profissionais preparados para o ensino do Direito é fundamental para a formação dos bacharéis. Portanto, a ideia seria oferecer graduações a distância, onde os alunos receberiam nas suas cidades todo o conteúdo necessário dos professores localizados nas capitais. Segundo ele, o ideal é que somente as provas fossem presenciais. Martins afirma ainda que as faculdades públicas são insuficientes no País e que esse trabalho poderia ser desenvolvido por instituições privadas, desde que oferecessem um corpo docente altamente qualificado.
Questionado sobre a metodologia da prova da OAB, o jurista afirma que o problema não é o exame, mas o que os alunos aprendem na faculdade. “Hoje vemos cursos demasiadamente teorizados, com pouca prática. Os alunos saem da faculdade sem condições de fazer exercícios práticos, como a prova da OAB”. Segundo ele, os problemas de formação tornam-se evidentes em outros exames. “Para ser juiz hoje no Brasil, cerca de 1% passam na prova. Na OAB são quase 10%, ainda é muito se comparado com outros exames”.

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Fonte: terra.com.br

4 comentários:

  1. Caro prof Renan!

    Muito pertinente sua publicação, haja vista que essa nova metodologia de ensino é de grande importância para a população em geral.
    abraços

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  2. Que bom que pessoa, tão renomada, tenha opinião positiva a respeito dos cursos de graduação a distância.

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  3. Na segunda aula do curso de pós, o Prof João Mattar comentou que alguns cursos necessitam de interação humana presencial para garantir as competências profissionais dos alunos, dentre eles o de Direito.
    Fica mais este desafio para a OAB e as instituições.
    Abraços colegas

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  4. Com as novas tecnologias os tempos mudaram, e porque a educação não mudaria? O apoio e o reconhecimento do ensino a distancia é plausivel, pois esse é o modelo educacional da nova era!!!!

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