quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Opinião do Autor



Confesso que no primeiro momento, assim como muitos professores e alunos, ao ouvir o termo Educação à Distância tive minhas desconfianças, dentre elas, a qualidade do ensino é a mesma do ensino presencial? Professores e alunos estão preparados para essa modalidade de ensino? É uma banalização, ou melhor dizendo, mercantilização da educação? Ainda nesse sentido,  a insegurança dos docentes  quanto a sua profissão, a educação a distancia substituirá o professor em sala de aula?

Superada essa primeira etapa de questionamentos e incertezas, cheguei a seguinte conclusão:

A qualidade do ensino à distância não difere da tradicional, porém,  chegando a ser superior no aspecto da responsabilidades do aluno. Nessa nova opção Ead, o aluno passa e necessita entender que ele também é responsável pelo seu aprendizado, deve ser pro ativo e participativo, pois deixa de ser um mero receptor do conhecimento que  lhe é transmitido pelo professor em sala de aula. O aluno EAD pode e necessita colaborar com a construção do seus estudos e conhecimentos, afinal, tem todo o conhecimento do mundo ao seu alcance e instantaneamente.  Além de tudo, o aluno precisa saber se organizar,  interagir com o tutor, com os colegas e sobretudo, ter responsabilidades consigo e com o grupo ao qual pertence.

Já com relação a preparação dos professores para o ensino a distancia entendo que o Brasil ainda caminha lentamente, vez que na maioria dos casos, existe uma adaptação do professor da sala de aula para o ambiente virtual da tutoria, fato que ainda impede um avanço marcante da educação a distancia no país, contudo, esse panorama vem mudando, pois as Universidades entendendo essa necessidade de capacitação docente bem como a rapidez da ampliação do EAD no país, vem implantando cursos de capacitação e especialização lato sensu voltados para formação e capacitação docente, o que traz como conseqüência o aumento da qualidade do ensino, bem como sua aceitação pelo alunado.

Contudo o ensino de base, seja público ou privado,  ainda não está preparando o aluno adequadamente para essa inovação tecnológica da educação, embora esses alunos estejam em contato direto com as mais diversas tecnologias e conectados ao mundo virtual não recebem a formação adequada para o contado com o EAD, onde o conceito de responsabilidade pelo seu próprio conhecimento e estudos é maximizado. Cabe ressaltar ainda a precariedade do ensino público do país, onde muitas escolas, sequer possuem um computador, muito menos com acesso a internet.

E educação a distancia é uma realidade  e em um país com dimensões continentais como o Brasil, é uma necessidade, pois é possível levar o conhecimento a toda a população, e é nesse sentido que a EAD não é a mercantilização da educação, e sim, a garantidora da educação,. Não há de se questionar também o papel das Universidades Privadas, que suprem a incompetência do Poder Público para com o ensino superior do país, reservado apenas aos mais afortunados com raríssimas exceções. Estas mesmas Universidades Privadas, através do EAD conseguem propagar o conhecimento aos mais diversos locais e aos mais diversos públicos discentes.

Ademais, seja a distancia ou presencial, o papel do professor ou tutor é indispensável, pois é ele quem vai fomentar, colaborar e construir com o aluno, o conhecimento.

Educação à Distância é uma realidade em diversos locais do mundo e é chegada a hora do Brasil.

EAD é a educação moderna, social  e democrática!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Brasil deve alcançar um milhão de estudantes em cursos a distância em 2011, prevê MEC


O Brasil deve alcançar em 2011 o total de um milhão de estudantes universitários em cursos à distância. O número deve ser divulgado no próximo Censo da Educação Superior, a ser lançado ainda esse ano.
A estimativa é do diretor de Regulação e Supervisão da Educação a Distância do Ministério da Educação (MEC), Hélio Chaves Filho. Ela foi divulgada em um debate realizado na Universidade de São Paulo (USP) nessa quinta-feira (18/8).
“Os últimos dados são de cerca de 870 mil alunos. Em 2011 devemos alcançar um milhão de estudantes em EAD [Educação a Distância]”, declarou.
Veja também:
- Extinção da Secretaria de Educação a Distância no MEC é prematura, avalia especialista

“O Brasil tem cinco milhões de estudantes universitários e deles um milhão estão na educação à distância. Isso significa que em 12 anos a modalidade alcançou 20% das matrículas”, afirmou durante o evento. “Tendo isso em vista, o debate sobre se educação a distância vai dar certo não se sustenta mais. Ela já deu certo. Agora tem que ser encarada pelas escolas e pelos conselhos profissionais”.
O diretor do MEC declarou ainda que o uso de tablets deve ser incentivado na educação à distância. “Por que não pensar o material didático neles? Isso permitiria que ele fosse construído de maneira colaborativa, além de poder ser atualizado constantemente”.


Fonte: www.uol.com.br 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pedagoga: relação online entre professor e aluno deve ter limite




09 de agosto de 2011 09h32 atualizado às 09h41

Nova lei no estado americano de Missouri vai proibir a amizade entre professores e alunos no Facebook. Foto: Getty Images Nova lei no estado americano de Missouri vai proibir a amizade entre professores e alunos no Facebook
Foto: Getty Images


Não é só o mundo corporativo que se preocupa em orientar funcionários a se comportarem nas redes sociais. Em uma época em que boa parte das relações de amizade se dá no mundo virtual, professores também precisam estar preparados para interagir adequadamente com seus alunos fora da sala de aula. Para a pedagoga especialista em Tecnologia Educacional Lígia Leite, deve haver limites na relação online entre educadores e suas turmas. "A cada nova tecnologia vêm novos desafios. A pergunta atual é qual o papel do professor nessa era de redes sociais. Hoje, está todo mundo fazendo o que quer, não existe um consenso e deveria existir", diz.
No estado de Missouri, nos Estados Unidos, uma barreira nesta relação virtual foi imposta recentemente. A lei número 54, considerada a primeira a regulamentar a interação aluno-professor em redes sociais, entra em vigor no dia 1° de janeiro de 2012. A partir de então, ficarão proibidos registros de amizade no Facebook entre estudantes e educadores. O objetivo é impossibilitar a troca de mensagens privadas via rede social, com o objetivo de prevenir o abuso sexual infantil. Para conversar com os estudantes no site de relacionamento, professores poderão criar páginas públicas. Assim, alunos poderão "curtir" a página e manter contato com o educador transparentemente, aos olhos de todos.
Além disso, também fica estabelecido que cada escola deve determinar políticas comunicacionais entre estudantes, professores e funcionários. O documento deve tratar do uso apropriado de mídia eletrônica, incluindo sites de relacionamento. Apesar de achar a lei válida e interessante, uma vez que estabelece como deve ser o comportamento profissional do educador na internet, Lígia acredita que tal iniciativa não teria êxito no Brasil. "Pelo menos não com o objetivo de evitar o abuso sexual", explica.
Também professora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ligia lecionou por anos nos Estados Unidos e conta que, no país, o medo de abuso sexual de menores é intenso e, por isso, a relação aluno-professor é muito diferente da que existe no Brasil. "Somos latinos. Aqui a gente se abraça, se toca e tem uma relação de carinho com os alunos. Lá, não. Aqui a lei com esse intuito não faria sentido nenhum, pois esse medo não faz parte da cultura brasileira", diz.
A especialista afirma que aqui a iniciativa deveria partir de cada escola. "O professor não deve achar que pode participar das interações sociais do aluno como se fosse outro aluno. A relação pedagógica deve permanecer no meio virtual também. São as instituições de ensino que devem estabelecer essa relação", afirma. Ela destaca, porém, que não significa que o educador não pode ser amigo de aluno, mas que deve continuar agindo como profissional nas redes sociais. "O problema é que esse conceito é complexo, por isso, não pode caber somente ao professor decidir qual a melhor forma de agir. A escola que deveria orientar seus profissionais, assim como já os orienta em suas relações em sala de aula", complementa.
Família deve orientar comportamento de estudantes na internet
Semíramis Alencar, professora de sociologia no ensino médio de uma escola de Itamonte (MG) mantém relação de amizade com alunos no Facebook e no Orkut. Para ela, a família deveria orientar seus filhos no meio virtual, assim como professores precisam explicar para seus alunos no que consiste sua relação de amizade.
"Teoricamente só podem participar das redes sociais pessoas maiores de 18 anos. E isso acontece porque crianças realmente não sabem se proteger. Mas eles participam mesmo assim, e, como professores, não temos como não os aceitar". Apesar de achar que o cuidado deveria partir da família orientando seus filhos e controlando o acesso deles ao meio virtual, Semíramis afirma que cabe também ao professor conversar com os alunos e estabelecer os limites de amizade dessa relação no meio online. Para ela, o educador pode ser amigo, mas sem deixar de ser profissional. "Eu uso Orkut e Facebook para tirar dúvidas e, nessas interações, procuro ser amiga, pois o laço de confiança é essencial para que o processo de aprendizagem aconteça", opina.
Professor de geografia de uma rede estadual de ensino em Indaiatuba (SP), Ricardo Pignatelli conversa com estudantes no Facebook, Twitter, MSN e Orkut. Para ele, a interação é de amizade sem deixar de lado seu caráter pedagógico, uma vez que faz uso dessas ferramentas para tirar dúvidas e atualizar os alunos com notícias relacionadas à disciplina.
Pignatelli conta que alguns alunos acabam confundido essa relação. "Infelizmente, o Facebook também pode ser uma bela ferramenta de fofocas. Então, o professor deve explicar aos seus alunos em sala de aula que o que ele escreve na rede social é uma opinião própria, e que nem sempre é a opinião da maioria ou dos alunos", diz. Para ele, a criação de uma lei como a do estado americano é sinônimo de censura e cerceamento da liberdade individual de cada um.

Escola orienta seus professores nas redes sociais
Na Escola Crescer PHD, em Vitória (ES), os professores recebem orientação sobre a forma mais adequada de agir nas redes sociais e principalmente sobre como usar o meio virtual como ferramenta de ensino. Segundo o professor de português, Ricardo Carlos de Souza, a direção promove aulas para que a relação nas redes seja discutida entre todos.
De acordo com Souza, as ferramentas online são utilizadas para realizar atividades educacionais, que recebem acompanhamento e autorização prévia da escola. Além disso, antes de aplicar um exercício que faça uso do Twitter ou do Facebook, os professores dão aula presencialmente sobre o meio virtual, na qual o objetivo é explicar a diferença de linguagem utilizada na internet e na sala de aula.
Neste ano, todos os professores da instituição começaram a receber treinamento para também fazer uso das redes sociais como um meio de contato com os estudantes fora da escola. A ideia é estar sempre à disposição do aluno para tirar dúvidas, principalmente daqueles em fase de realizar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de vestibular.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Fonte: www.terra.com.br

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Educação a Distancia ... onde estudar ????

Estou disponibilizando um link que irá ajuda-los a localizar instituições que oferecem cursos na metodologia EAD catalogadas pela ABED (Associação Brasileira de Ensino a Distância)

O resultado da busca informará as instituições catalogadas pela ABED e os dados são de responsabilidade das instituições.


Onde estudar?

fonte: www.uol.com.br

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ives Gandra da Silva Martins - Jurista defende educação a distância para melhorar cursos de Direito

O jurista Ives Gandra da Silva Martins, professor emérito da Universidade Mackenzie, de São Paulo, afirmou nesta terça-feira que não adianta cortar vagas em cursos de Direito mal avaliados, como defende a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para melhorar o ensino superior. Segundo Martins, a melhor forma de garantir a qualificação dos bacharéis é investir em cursos a distância.

“Para reverter os baixos índices de aprovação no Exame de Ordem é preciso incentivar os cursos a distância. A demanda pelo Direito não vai reduzir, então não adianta só cortar as vagas, é importante garantir a qualidade”, disse em entrevista ao Terra. O jurista defende que um dos problemas é oferecer o ensino longe dos grandes centros urbanos, já que os professores altamente qualificados dificilmente estão nesses locais.

“Se eu tenho uma faculdade distante dos grandes centros, é obvio que eu tenho mais dificuldade de ter professores capacitados”. De acordo com ele, dispor de profissionais preparados para o ensino do Direito é fundamental para a formação dos bacharéis. Portanto, a ideia seria oferecer graduações a distância, onde os alunos receberiam nas suas cidades todo o conteúdo necessário dos professores localizados nas capitais. Segundo ele, o ideal é que somente as provas fossem presenciais. Martins afirma ainda que as faculdades públicas são insuficientes no País e que esse trabalho poderia ser desenvolvido por instituições privadas, desde que oferecessem um corpo docente altamente qualificado.
Questionado sobre a metodologia da prova da OAB, o jurista afirma que o problema não é o exame, mas o que os alunos aprendem na faculdade. “Hoje vemos cursos demasiadamente teorizados, com pouca prática. Os alunos saem da faculdade sem condições de fazer exercícios práticos, como a prova da OAB”. Segundo ele, os problemas de formação tornam-se evidentes em outros exames. “Para ser juiz hoje no Brasil, cerca de 1% passam na prova. Na OAB são quase 10%, ainda é muito se comparado com outros exames”.

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Fonte: terra.com.br